segunda-feira, 3 de novembro de 2014


Marciano Medeiros lança seu novo cordel!

Romance sobre amor no Facebook será lançado quarta-feira em Natal por Marciano Medeiros

Personagens principais do cordel estudavam na Escola Joaquim Torres





O cordelista Marciano Medeiros lançará quarta-feira, no dia 5 de novembro, seu mais novo e esperado trabalho em cordel. Trata-se de uma história onde o poeta procurou unir o clássico e o moderno, totalmente ambientada na Serra de São Bento. O romance mostra uma busca incessante de João Pereira da Silva, conhecido por João Faxina, em busca de um amor. Era um rapaz que vivia num sítio e que ao ser alcançado pela tecnologia, esta passou a ser grande aliada em busca de uma relação compensadora.
Marciano Medeiros disse que elaborou este enredo com alguns desfechos imprevisíveis e que mostram várias situações corriqueiras, acontecidas na internet. A história mostra preconceito, traições, zombarias e todas as dificuldades, para se encontrar o amor numa rede social. “Desde o começo que pensei nisso para despertar interesse de leitura em todos, mas principalmente na classe estudantil”, mencionou Medeiros.
Os personagens principais são João Faxina, Jucileide e Tânia Figueiredo. Estas figuras fictícias permeiam toda a trama da narrativa exposta em 159 estrofes, colocadas em 32 páginas. O texto do cordel foi produzido em sextilhas, estrofes contendo seis linhas, ou seis versos. O trabalho será vendido por 2 reais e Marciano Medeiros disse que irá a todas as escolas que puder, começando por Monte das Gameleiras, Serra de São Bento, Passa e Fica, São José do Campestre e Nova Cruz. Por intermédio da professora Luciana Rodrigues já foi acertada uma visita de Marciano a Lajes Pintadas, com objetivo de divulgar a nova obra.
Como o cordel mostra um contexto de cantadores, este evento promovido pela Prefeitura de Natal, através da Capitania das Artes é um verdadeiro presente da vida, sendo o ambiente adequado para começar a divulgação. Na data já mencionada, acontecerá este encontro, envolvendo várias duplas de cantadores que farão suas apresentações a partir das 20 horas, no pátio interno da Capitania. Este Encontro de Repentistas e Violeiros tem a coordenação do poeta Amâncio Sobrinho. Já os patrocinadores do cordel foram o jornalista Joaquim Pinheiro e a vereadora Francimar Crezanto.

Marciano Medeiros embora tenha nascido em Santo Antônio, reside em Serra de São Bento, cidade onde estão todas as suas origens. Contatos com o autor podem ser feitos no e-mail: marcianobm@yahoo.com.br e pelo telefone: 0**84-8773-7246. 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

“Lindo Amor que Floresceu nas Páginas do Facebook”, é o novo título do cordelista Marciano Medeiros


“Lindo Amor que Floresceu nas Páginas do Facebook”, é o novo título do cordelista Marciano Medeiros

(Da redação)

O autor diz que trabalhou um ano elaborando essa história de ficção e que ambientou tudo em 2010, na cidade de Serra de São Bento/RN. Marciano Medeiros afirmou que procurou unir o clássico ao moderno, elaborando essa moderna e inesquecível história de amor acontecida no Facebook.
Trata-se da vida de João Pereira da Silva, conhecido por João Faxina. O cordelista declarou que este personagem surgiu através de um sonho que teve. Já algumas experiências vivenciadas na internet por ele e amigos, serviram para elaboração do enredo. Medeiros enfatizou que num sítio de Serra de São Bento existia uma menina chamada Jucileide, que era apaixonada por João Faxina, mas a jovem foi rejeitada em suas românticas pretensões amorosas.
Em maio de 2010 o moço João, começa a se interessar pelo Facebook, encontrando na possibilidade uma ferramenta moderna para lhe ajudar a encontrar um grande amor. A trama do cordel aborda problemas de discriminação, mostra as mudanças nos hábitos da sociedade nordestina, os perigos do namoro virtual e apresenta no mínimo três desfechos. O cordel está sendo impresso numa tiragem de mil exemplares e tem o patrocínio do jornalista Joaquim Pinheiro.
O romance é composto de 159 estrofes, diagramadas em 32 páginas. A capa mostra uma xilogravura de Erick Lima e o texto foi elaborado em sextilhas. Marciano Medeiros disse que irá divulgar seu novo cordel em todas as escolas que puder e que ficou muito feliz na criação deste novo e surpreendente romance, que divulgará Serra de São Bento de modo inimaginável por todo o Brasil. Toda a cena vivida pelos personagens principais se passa nas dependências da Escola Estadual Professor Joaquim Torres.
O poeta que integra a Academia Norte-rio-grandense de Literatura de Cordel é natural de Santo Antônio/RN, porém nunca perdeu o vínculo com Serra de São Bento, cidade onde se encontra todas as origens familiares do autor.



sábado, 5 de julho de 2014

Doutor Sócrates, um jogador pensador

Doutor Sócrates, um jogador pensador
Por Nando Poeta

Na vida do futebol
Têm drible, muitas jogadas.
É a arte em movimento,
Pessoas apaixonadas
Que deixam suas torcidas
Bastante emocionadas.

São craques que com a bola
Num campo de futebol.
Encenam lindas jogadas
Com um toque, vem o lençol
E pra delírio do povo
Que encontra o seu farol.

Eu vou falar de um gênio
Que na bola fez história.
Brilhou, foi estrela guia
Encheu o peito de glória.
E com seus passes e gols
Marcaram nossa memória.

Nosso Sócrates Brasileiro
Na escola, no esporte,
Formado em medicina,
Botafogo seu suporte
Trilhou na Ribeirão Preto
Com a bola encontrou o norte.

Chegando para o Corinthians
Foi o ídolo da torcida.
O manto alvinegro era
A sua maior guarida.
Um dos maiores atletas
De toda história vivida.

Dentro do Parque São Jorge
Forjou uma tabelinha.
O doutor faz parceria
Com o brilhante Palhinha.
Uma dupla especial
Sucesso dentro da linha.

O Brasil vivia a época
Do fim de uma ditadura.
E o gol do povo se torna
Um clamor pela abertura
Que outro país florisse
No enterro da tortura.

Brotando a sociedade
Num fervor contagiante.
Em que as mudanças surgissem
No país mais confiante.
Pra que tudo no Brasil
Pudesse seguir avante.

Seu tino pra consciência
Foi ver os livros do pai.
Durante a ditadura
No fogo queimando cai.
Foi o seu primeiro choque
Que na política abstrai.

E foi nas Diretas Já,
Sócrates fez seu golaço
Se engajando nessa luta
No povo deu um abraço
Querendo a democracia
Reinando aqui nesse espaço.

Vale do Anhangabaú 
Presente uma multidão.
O doutor em um comício
Sobre a emenda da eleição.
Diz: que fica no país
Se tiver aprovação.

E na luta social
Vai logo influenciando.
Lá dentro das quatro linhas
Um pensamento plantando.
O direito a liberdade
No gramado germinando.

Instala a democracia
Chamada Corinthiana
Que os atletas decidem
De forma mais soberana
Da qual o Doutor, se torna
O líder da caravana.

Uma visão coletiva
Presente o companheirismo.
Todos com a voz igual
Imperando o dinamismo. 
No Parque São Jorge brota
Um imenso vanguardismo.

O Corinthians fervilhava
A democracia dá salto.
O voto dentro do clube
Se ergue ao plano mais alto
Com todos pensando assim:
A liberdade eu exalto.

A imprensa batizou
Que era uma panelinha.
Quatro membros envolvidos
De uma mesma cozinha.
Excesso de liberdade
A ordem fora da linha.

Mas o movimento vivo
Se implanta a cada dia.
Envolvendo todo mundo
Fazendo a democracia
E o futebol no Brasil
Gerava uma sintonia.

Doutor Sócrates, Magrão
Era meia ou atacante.
Com o Calcanhar de Ouro
O passe passa brilhante.
E o gol de placa ecoava
Com alegria vibrante.

No campo ele desfilava
Com sua nobre elegância.
Um toque bem refinado
Na bola com exuberância.
O gol no fundo da rede
De perto ou à distância.

Sócrates foi um doutor
Da bola e da medicina.
Seus toques, passes precisos
Seus dribles que coisa fina
E quem lhe viu jogar bola,
Teve emoção repentina.

Jogando um futebol arte
Usando seu calcanhar.
O passe era de primeira
Jogada espetacular,
A torcida delirando
Não parava de vibrar.


Corre com a bola no pé
No juízo e pensamento.
Pronto para mais um lance
Pra quem diz que ele é lento.
A pelota vai ligeira
O gol surge no momento.

Um drible, um toque sutil
A bola vence o goleiro.
Era mais um gol de craque
Do Magrão, o artilheiro
Erguia o punho cerrado
Como faz um bom guerreiro.

Jogando dentro de campo
De cabeça sempre erguida.
Tocando a bola com classe
Arrasando na partida.
Derrotado ou vencendo
Sempre teve uma saída.

Um magro desengonçado
De uma grande habilidade.
Tinha um domínio da bola
De muita vitalidade.
Enxergava o jogo inteiro,
Na cara do gol invade.

Um dos seus passes famosos
Era o calcanhar de ouro.
Uma jogada de craque
Que valia um tesouro.
Quando o gol acontecia
A torcida dava estouro.

Lembrava que sempre em campo
Tem que ter dedicação.
Está entusiasmado
Ter foco, ter direção.
Entender que uma equipe
É fruto da união.

Quando Sócrates foi jogar
Com a camisa canarinho
Foi o Capitão da Copa
E Telê comanda o ninho.
Timaço de oitenta e dois
Recebe todo carinho.


Fez tabela com o Zico
Falcão, Cerezo e Oscar
Leandro, Luizinho, Junior,
Serginho, Eder, a jogar
Atrás tinha Waldir Peres
No gol disposto a fechar.

Nessa Copa a Seleção
Na Itália esbarrou.
Foi enorme a frustração
O sonho do Tetra acabou
E o gosto dessa derrota
Todo mundo experimentou.

Depois veio oitenta e seis 
Chegam as quartas-de-final.
O Doutor perdeu um pênalti
Guadalajara, o local.
Foi à França que parou
A seleção genial.

Vestiu a camisa ainda
Do time da Florentina.
Quando volta ao Brasil
Com o Flamengo se afina
E no Santos de Pelé
Faz passagem repentina.

Na Europa, na Itália
Fez nove gols na carreira.
Numa breve atuação
Sua volta foi ligeira.
Para jogar no Brasil
E no Rio fazer trincheira.

No Flamengo vinte jogos
Fez uma dupla com Zico.
Amigo de Seleção
De um futebol tão rico.
Mas pelo time da Gávea
Não chegou ao alto pico.

Quando era um garoto
Do Peixe foi torcedor.
No Clube do Rei Pelé
Chegou a ser jogador.
Foi só por vinte e três jogos
Foi tão rápido esse sabor.
  
Do Santos saiu em busca
De achar outra morada.
Ainda muito disposto
Quis seguir a caminhada.
Com seu futebol brilhante
Quer mais uma temporada.

Na carreira de um atleta
Tem momento de má fase.
Existem altos e baixos
Que abalam qualquer base.
E o Sócrates teve a dele
Que deixa a carreira quase.

De volta a Ribeirão Preto
No time que começou,
Tricolor botafoguense
Onde amizade plantou.
Com grande amor e carinho
Sua carreira encerrou.

Quando pendura a chuteira
Foi Técnico, articulista.
Do mundo do futebol
Também foi comentarista.
Na música e no teatro
No cinema foi artista.

Doente soltando a voz
Faz uma critica afiada.
Fala dos gastos com a Copa
Da grana que é desviada.
De um futebol de força
Que a arte é abandonada.

A sua irreverência
Foi marca por toda vida.
Dentro de campo e lá fora
Suas ideias dão partida.
Fez surgir no futebol
Respeito para quem lida.

No ano dois mil e onze
Com a saúde abalada.
Teve três internações
A última o fim da jornada.
O álcool foi um gol contra
Pra vida ser acabada.


As suas belas jogadas
Marcarão cada memória.
O jogador pensador
É parte de nossa história.
E o craque Doutor Sócrates,
Para o futebol foi glória.

Fazemos nossa homenagem
Para Sócrates, o Magrão.
Um jogador de talento
Da Seleção, Capitão.
Mentor da democracia

Nas fileiras do Timão.

terça-feira, 27 de maio de 2014

NOSSO JOGO VAI SER NA RUA E A LUTA VAI ROLAR.


NOSSO JOGO VAI SER NA RUA
E A LUTA VAI ROLAR.
Por Nando Poeta

Nessa Copa do Mundo no Brasil
Toda farra é feita pela FIFA
Onde o povo caído se espatifa
Na jogada perversa e pueril
Com seu pobre espírito mercantil
Abocanha o dinheiro do país
Deixa um mar de uma gente infeliz
Com moradas tombadas, demolidas
Triturando e marcando muitas vidas
Tem deixado o ricaço tão feliz.

Essa Copa ela muito tem servido
Pra esconder as mazelas sociais
Numa clara atitude de venais
O direito do povo é engolido
Num país em que povo tem sofrido
O Governo, a FIFA e empresários
Nesse trio de grandes ordinários
Seu legado da copa no Brasil
É a fome e a miséria que a mil
Tem seu time de craques salafrários.

O governo que é perna de pau
Que mergulha o país numa miséria
Diz: a Copa das Copas é coisa séria
Pilotando errada a nossa nau
Transformando o Brasil nesse mingau
Onde a fome é a seleção do mundo
E o troféu é erguido num segundo
Coroando o descaso governante
Dessa ação que é vil e degradante
Nesse jogo perverso e tão imundo.

Mas o campo do povo é a rua
Nesse jogo daremos goleada
A bandeira da luta levantada
Contra o roubo e toda falcatrua
Revelando a nação que vive nua
De saúde, de ensino e moradia
De não ter nem o pão de cada dia
E é por isso que a luta vai rolar
Terá gol e a massa vai ganhar
Do governo, da FIFA e a tirania.