sexta-feira, 21 de setembro de 2012

SONETO PARA MINHA MÃE




Por Nando Poeta

UMA NOITE NA PRAIA DO FORTE

Linda noite de lua estampada
Lá na Praia do Forte a beira mar
E um  mundo de sonho a mergulhar
Com castelos erguidos fiz morada

Cada estrela luzente contemplada
Me trazia num instante no pensar
Que a alegria inundava o meu brincar
No meu peito a semente eternizada

Ao meu lado minha mãe feliz estava
E eu mais forte que a bela fortaleza
Seu olhar me guiava feito à luz

Seu sorriso repleto de pureza
Que para todo o universo se reluz
Um amor que imenso transbordava.



SAUDADES DA MINHA MÃE

Uma dor que invade o coração
Que maltrata, destrói, a minha mente.
Que às vezes nos deixa tão demente
Sufocando me atira a escuridão.

E no fundo do poço, a imensidão.
Que carrega a morte bem latente
Vai deixando o viver tão descontente
E no caminho a plena desilusão.

A saudade presente no meu peito
Faz minha mãe está sempre na lembrança
Do seu amor grandioso e muito lindo

No meu coração ela descansa
Do que guardo e do que estou sentindo
Será por vida o alimento do deleito.



SAUDADE DE ALGUÉM

Saudade de alguém que está ausente
Não é solidão, não é estar sozinho
Mesmo que seja distante o caminho
Vai guardada no coração e mente

Nos meus passos estará sempre presente
Pois eu penso em você a todo instante
Aumentando mais ainda o amor distante
Que insisto em vivê-lo intensamente
  
Saudade que triplica os meus desejos
São lembranças ligeiro resgatadas
Faz viver os momentos de alegria

São paixões que não fora deletadas
Que reinando estará no dia-a-dia
Manterei sempre acesos os seus lampejos.


NOS BRAÇOS DE MINHA MÃE

Nos seus braços eu estava protegido
Das fraquezas que rondam nesse mundo
Não ficava abandonado um só segundo
Cada instante foi muito bem vivido.

Se o tempo ficasse adormecido
E eu pequeno ainda lá fecundo
Com um carinho e o seu calor profundo
Ao seu convívio estaria agradecido

Uma mulher corajosa e tão bela
Que aos filhos semeou tanta ternura
Cada gesto foi  uma lição de vida

Seu saber para uma ação tão pura
Que curava a mais cruel ferida
E esse verso transporta-me até ela.